Criada há seis anos, a lei federal que prevê um sistema nacional de rastreamento de
medicamentos corre o risco de continuar na gaveta por mais uma década.
O objetivo do sistema é controlar o destino dos medicamentos, desde a produção até
a venda ao consumidor, evitando falsificações. Cada embalagem terá código bidimensional
e número único de identificação, acompanhados da data de fabricação, validade e
número do lote.
A meta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) era que as empresas
apresentassem um piloto do sistema, com ao menos três lotes de remédios rastreáveis,
até dezembro deste ano, e que o sistema todo começasse a operar até o final de 2016.
A Folha teve acesso a uma minuta de projeto que aumenta esse prazo por até dez anos.
Em nota, a Anvisa diz que a prorrogação é uma demanda do setor farmacêutico e que
precisa ser discutida no âmbito do Legislativo porque será necessário alterar a lei federal
vigente.