Após quase três anos sem a aprovação de novos projetos de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo – PDP entre farmacêuticas e o governo, para a transferência de tecnologia de produção ao setor público, a indústria aguarda uma sinalização de retomada. O presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini fortalece: "Precisamos caminhar e estamos parados, é um investimento jogado fora". E reivindica ainda o anúncio de novos projetos e maior clareza nas regras de participação: "Sem dúvidas [o projeto] não está indo bem e precisa ser melhorado, principalmente em transparência".
Na avaliação do sócio da consultoria KPMG, Leonardo Giusti, falta equilíbrio financeiro nesta equação. "O principal objetivo do projeto é reduzir custos de aquisição de medicamentos para o governo federal e maior eficiência nas parcerias. Mas essa conta não fecha de maneira favorável para o laboratório privado, que investe anos em pesquisa e desenvolvimento e está tendo pouco retorno". Além disso, “A ausência de parâmetros jurídicos, que assegurem o sucesso do modelo e justifiquem os aportes realizados pela indústria, é um entrave importante”. E acrescenta que, em um primeiro momento, havia um entendimento de que o acordo de parceria implicaria em encomendas exclusivas para o laboratório privado parceiro, o que não ocorre em todos os contratos firmados. "Existe a possibilidade de firmar parcerias para transferência e compra de um medicamento e, mesmo assim, abrir uma concorrência para o mercado. Isso precisa estar previsto antes", analisa. Leia matéria na íntegra…
Fonte :DCI, 29/08/2016.