Para a Interfarma, que divulgou a estimativa, a perspectiva é que esse valor seja alterado apenas se houver uma mudança nos critérios utilizados pelo Ministério da Saúde para o cálculo. Pesam nessa conta fatores como a produtividade da indústria, a concorrência no setor farmacêutico e o custo dos insumos. "As oscilações do câmbio e o aumento expressivo da energia elétrica tiveram grande influência na mudança", diz a Interfarma, em nota.
Diferentemente do ano anterior, a indústria diz que a anulação dos fatores de produtividade e concorrência devem fazer com que haja apenas um índice de reajuste máximo permitido para todas as categorias de medicamentos. Em 2015, os índices foram de 5%, 6,35% e 7,7%.
Ao todo, 19 mil produtos estão sujeitos ao novo reajuste. O aumento, no entanto, não deve chegar imediatamente às farmácias. Segundo a indústria, a previsão é que as primeiras variações de preço ocorram daqui a três meses, com a reposição dos estoques.
Indústria e varejo também podem optar por praticar um reajuste menor do que o permitido, principalmente nos casos de produtos de maior concorrência no setor e mais procurados pelos pacientes.
OUTRO LADO
Em nota, o Ministério da Saúde diz que o ajuste anual médio do preço máximo dos medicamentos ainda não está definido e deve ser divulgado até o dia 31 de março. "Cabe destacar, no entanto, que a resolução [que estabelece os critérios para o cálculo] define o possível índice máximo de aumento e que a indústria farmacêutica pode regular os preços, inclusive para menos do percentual previsto", informa.
Fonte: Folha de S.Paulo – http://m.folha.uol.com.br/mercado/2016/03/1748214-medicamentos-podem-ter-reajuste-de-ate-125-neste-ano-diz-industria.shtml?cmpid=twfolha
Fabio Braga/Folhapress