Com a sanção do novo marco legal da biodiversidade nacional, indústrias farmacêuticas
irão investir pelo menos R$ 332 milhões em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos
fitoterápicos até 2016.
A estimativa é da FarmaBrasil, entidade que representa laboratórios como Aché, Biolab,
Bionovis, Cristália, EMS e Eurofarma, com base em seus associados.
A mudança trará segurança jurídica no desenvolvimento de drogas feitas a partir de plantas
medicinais encontradas no Brasil e mais rapidez para a liberação.
Hoje, a autorização para o início de pesquisas clínicas demora cerca de quatro anos. Com o
novo marco, as empresas precisarão somente de um cadastro autodeclaratório.
"Além das indústrias que interromperam o desenvolvimento de novas drogas, há também
laboratórios que ainda não estão nesse mercado, mas que querem entrar", afirma Reginaldo
Arcuri, presidente da entidade.
A Biolab retomou seis projetos que estavam parados, que demandarão em torno de R$ 120
milhões em aportes.
"Estamos sendo procurados por empresas interessadas em desenvolver drogas em conjunto,
o que antes não ocorria", diz Dante Alário, sócio-diretor da Biolab.
O grupo quer ampliar de 3% para 15% a participação do segmento no faturamento em até
seis anos.
Fonte: Folha de S.Paulo, por Maria Cristina Frias (20/05/2015).