De acordo com a proposta anunciada na quinta-feira pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério, os medicamentos similares – que, como os genéricos, utilizam princípios ativos que já tiveram o período de proteção de patente encerrado – terão de passar pelos mesmos testes aplicados aos de referência e genéricos, que garantem o efeito terapêutico desejado. Durante o anúncio, Padilha defendeu que as regras para registro do preço sejam iguais a dos genéricos.
Ao contrário dos genéricos, no entanto, muitos similares são comercializados com marca, o que exige maiores esforços em marketing e em políticas comerciais por parte da indústria. Segundo fonte do setor, as empresas afirmam que podem ser prejudicadas em suas estratégias. Amanhã, empresas nacionais devem incluir na discussão a possibilidade de cortes em investimentos e redução de equipes focadas em marca.
Outro fator que está sendo questionado pelo setor farmacêutico é a efetividade dos objetivos da medida. O governo espera que haja redução de preços na ponta do consumidor e aumento da oferta de produtos. O mercado, no entanto, alega que as farmácias geralmente repassam para o consumidor um desconto muito menor do que o dado pelo fabricante. Além disso, as novas exigências farão com que empresas menores tenham mais dificuldades em competir com as grandes neste mercado.
Fonte: Valor Econômico.
Jornalista: Vanessa Dezem