O primeiro painel da 35a edição do Encontro Econômico Brasil Alemanha (EEBA) debateu temas importantes para o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e países da União Europeia. O encontro contou com a presença do diretor de políticas e estratégias da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Fernandes; a diretora de negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX-Brasil), Marcia Nejaim; e o membro do Conselho da Federação das Indústrias Alemãs (BDI), Stefan Mair. A mediação ficou por conta do presidente do Conselho Empresarial da América Latina (CEAL), Ingo Plögler.
Entre os problemas que podem inibir o crescimento da economia mundial estão os fatores políticos, de acordo com Mair. “Observamos diversos conflitos, como o ocorrido na Coreia do Norte, e situações como essa acabaram levando a um questionamento da confiança estabelecida nos últimos 30 anos”, disse. José Augusto Fernandes, da CNI, apontou o cenário crescente do universo digital e a necessidade de estabelecer um padrão de políticas para estimular o crescimento dessa área. “Nossas estratégias estão sendo remontadas. Olhando para o futuro, temos que preparar hoje as empresas para termos um país mais robusto”, comenta.
Sobre o comércio interno no Brasil, Marcia Nejaim destacou a previsão de crescimento de 2,4% até o final de 2017. Segundo a diretora, “o Brasil pode se tornar uma locomotiva e colocar o setor como protagonista na América do Sul e, assim, atrair novos investidores”, afirma. Um ponto bastante debatido pelos participantes foi a questão tributária no Brasil que, por outro lado, pode se tornar um agente negativo para a retomada da economia. Na Alemanha, esse é um dos principais problemas apontados por empresários no momento de acordos e parcerias. Fernandes, da CNI, afirma que “o problema do sistema tributário brasileiro é que ele acaba tributando o conhecimento, royalties, ou seja, cria uma agenda que vai contra o progresso”, ressalta. Nesse contexto, Mair, da BDI, observa que três entraves precisam ser resolvidos. “Infraestrutura, área tributária e administração pública”, finaliza.
Foto: José Augusto Fernandes, da CNI; Marcia Nejaim, da APEX-Brasil; e Stefan Mair, da Federação das Indústrias Alemãs (BDI) discutiram sobre os gargalos e o fortalecimento das relações internacionais entre Brasil e União Europeia.
Fonte: EEBA