A Anvisa promoveu no dia 1º/12, em Brasília, o primeiro Seminário sobre Tendências e Experiências em Inovação e Design Thinking no serviço público, para compartilhar experiências bem-sucedidas em inovação e design thinking voltado às agências reguladoras federais.
Representantes da Anvisa, que tem uma área focada em inovação, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) conheceram o que se faz hoje, neste campo da inovação, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), no Instituto Serzedello Corrêa (ISC-TCU), e no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG).
Mesa
Na mesa de abertura estavam o diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, o diretor do Departamento de Modernização da Gestão do MPDG, Luiz Felipe Monteiro, o subchefe de Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil, Marcelo Guaranys, e o diretor-geral do ISC-TCU, Maurício Wanderley,Guilherme de Almeida, Diretor de Inovação da Enap, Wladmir Ventura de Souza, adjunto da Diretoria de Gestão da ANS e Eduardo Chaffin Júnior, superintendente de Gestão de Pessoas da Anac.
Foco na cidadania
O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, afirmou que a agência já tem adotado iniciativas de inovação em busca de maior eficiência, transparência e melhora do ambiente organizacional. O LAB-i Visa, por exemplo, surgiu de uma iniciativa da Anvisa implantada em 2016, quando a Agência deu início ao projeto piloto da Fábrica de Ideias.
Jarbas Barbosa destacou como exemplo o fim das filas para liberação de entrada, no Brasil, de produtos para a saúde, uma maior capacidade de diálogo entre a Anvisa e a sociedade por meio da realização de reuniões periódicas com o setor regulado e aumento de 25% na eficiência do registro de medicamentos, com a adoção do teletrabalho e da dispensa do controle de frequência.
De acordo com Barbosa, a Agência precisa ter a capacidade de transformar críticas em novos processos para prestar melhores serviços para a sociedade. “O laboratório de inovação terá papel fundamental para que as boas ideias não terminem frustradas por não encontrarem uma metodologia adequada que resulte em mudanças efetivas de processos e na melhoria dos serviços”, defendeu.
O subchefe de Análise e Acompanhamento de Políticas Governamentais da Casa Civil da Presidência da República, Marcelo Guaranys, disse que a Anvisa sempre foi pioneira na doação de práticas de inovação. Para Guaranys, as agências reguladoras são essenciais para a segurança jurídica e a garantia de um bom ambiente de negócio.
O representante da Casa Civil explicou que o design thinking é uma metodologia capaz de testar ideias e avaliar qual é a melhor a partir de um olhar em que o serviço público se coloca no lugar do cidadão. “O grande foco da nova política de governança pública é pensar na prestação de serviços para a população”, defendeu.
Anvisa: resultados
A rede da Anvisa responsável por inovação, o LAB-i Visa, desenvolveu o projeto CapaciPAF, de harmonização de procedimentos técnicos realizados nas coordenações da Agência nos estados, responsáveis pelas atividades de fiscalização em áreas de portos, aeroportos e fronteiras.
Conhecida, internamente, pela sigla de PAF, estas coordenações da Anvisa nos estados têm um número aproximado de 750 servidores – todo o corpo técnico da Anvisa é formado por aproximadamente dois mil servidores.
Agilidade
O gerente-geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Anvisa, Marcus Aurélio Miranda de Araújo, disse que o CapacitaPAF teve como foco explorar possibilidades de soluções para viabilizar consultas técnicas e ferramentas que possibilitem melhor interação entre os servidores que atuam em portos, aeroportos e fronteiras.
Marcus Aurélio Miranda disse que a metodologia desenvolvida na área de inovação, pelo LAB-I Visa, será utilizada para aprimorar a fiscalização de ambientes de portos, aeroportos e fronteiras, e dos meios de transportes em uso nestes locais, que são também inspecionados pela Anvisa, como embarcações e aeronaves.
Fonte: Anvisa