A mensagem e outros documentos foram divulgados na semana passada, mediante uma solicitação de liberdade de informação feita à divisão de assuntos de saúde e consumidores da Comissão Europeia.
A comissão está revisando a Diretiva sobre Produtos de Tabaco para regulamentar produtos como os cigarros eletrônicos que não contêm tabaco,mas estão ligados ao tabagismo.
Os cigarros eletrônicos, que segundo estima a Euromonitor International, gerarão US$ 7 bilhões em vendas até o final deste ano, concorrem com produtos para parar de fumar vendidos por companhias farmacêuticas como a Glaxo, a Johnson & Johnson e a Novartis.
A Glaxo também procurará garantias de que a diretiva revisada será aplicada aos cigarros eletrônicos que já estão no mercado e se assegurará de que sejam banidos os anúncios publicitários, segundo comentários da empresa incluídos em um rascunho do Artigo 18 da diretiva de tabaco.
“A segurança é a nossa primeira prioridade e apoiamos o direito do fumante a escolher entre uma seleção de produtos que possuam um perfil bem estabelecido de segurança e eficácia para ajudá-lo a parar de fumar”, escreveu Simon Steel, porta-voz da Glaxo, em um comunicado por e-mail.
“Todos os produtos que contêm nicotina, incluindo os cigarros eletrônicos, deveriam ser revisados e regulamentados conforme o mesmo padrão de segurança”.
A Novartis, a companhia com sede na Basileia, Suíça, que comercializa os chicletes, pastilhas e adesivos Nicotinell, não fez comentários sobre o assunto.
A J&J, que comercializa a linha de produtos Nicorette em todos os mercados fora dos EUA, também está fortemente a favor de regulamentar todos os produtos com nicotina e sem tabaco, incluindo cigarros eletrônicos, como remédios, escreveu Caroline Almeida, porta-voz da empresa com sede em New Brunswick, Nova Jersey, em um comunicado por e-mail.
“Trata-se da melhor forma de garantir que todos os produtos com nicotina e sem tabaco estejam melhorando a saúde pública mediante produtos efetivos, seguros e de alta qualidade”, disse Caroline.
Fonte: Bloomberg. Brasil Econômico.